A 'Rentrée' de 2017 e o Ano Novo 2018:
Os meus queridos amigos de Portalegre, os que passámos a ser desde que em 2014 nos conhecemos, porque uma parte do Palácio Amarelo, «em estilhas», me caiu nas mãos... (e até porque já estava a pagar impostos, sobre «um bem» tão bem destruído...).
Casa devolvida assim pela CM de Portalegre, que durante perto de 50 anos aí se manteve «a degradar» o referido valor patrimonial...
Pois esses queridos amigos, que simpaticamente agora sempre desejam óptimas férias, boas festas, feliz ano novo. Talvez eles não saibam como de repente, a partir de 26 de Outubro 2017, a Rentrée deste ano se apresentou repleta de assuntos e motivos muito interessantes.
Continuamos assim, portanto, a retardar um post sobre a Elipse que J. Képler pôs na ordem do dia, para a Iconografia Cristã, e que também assim passou à Arquitectura; já que são imensos os temas que nos interessam.
E Portalegre não foge a esta regra, pois deu-nos, e confirmou, muitas das nossas hipóteses (que seriam as de um doutoramento); evidenciando as questões em torno do Espírio Santo, e da imagética que, ao longo dos tempos se produziu - como André Grabar prova, para a Terceira Pessoa da Trindade (cristã). E que hoje, nas Artes Visuais da Cultura Ocidental, só é identificada se estiver presente uma Pomba.
Mas enfim, foram muitas, e são ainda para imensos cristãos, «as referências cultuais» do cristianismo. Apesar de cada vez mais pobres e crescentemente mais escassas, são ainda imagens de cultos (cada vez mais) esquecidos, perdidos, desvalorizados!
E se ainda há quem perceba o espantoso design do Claustro da Sé de Portalegre, com os seus espelhos elípticos, de um tempo entre Barroco e Neoclássico, também há quem saiba das Ogivas que em Portalegre são chamadas Artesãos. E que depois de muito ampliadas (ver imagem)
podem deixar reconhecer que essa representação, muito naturalista, do Espirito Santo, se tornou quase exclusiva (ou também ainda emblemática?)
Nas imagens de cima - na Igreja do Espírito Santo (Portalegre); em baixo - no Tecto da Sé (Portalegre), num emblema que pode lembrar a bandeira inglesa. Só que eram os Ventos, ou Pneuma (palavra de origem grega), de uma Rosa dos Ventos a que várias imagens do Espírito Santo, forçosamente, sempre ficaram associadas.
E se a representação mais conhecida do Espírito Santo em geral foi a Pomba, na cidade de Portalegre, aqui e ali, nas janelas e nas paredes (incluindo o espaço em que durmo...) há outras iconografias e alegorias, que proliferam, para lembrar a Terceira Pessoa da Trindade.
O que também nos lembra os Açores, a Ilha Terceira, o Culto do Espírito Santo, os Rebuçados de Ovos...
Mas enfim, perguntarão, o que tem tudo isto a ver, com a Rentrée de 2017, com o ano de 2018, e com os amigos do alentejo?
Re: Com a nossa falta de tempo!