Blog experimental, dedicado a uma ala do Palácio Amarelo de Portalegre. Verdadeira «Casa de Bonecas», onde, seguindo a tradição, há sinais e emblemas de nobreza. Assim: Casa Amarela, Cas'Amarela, ou Casamarela
Blog experimental, dedicado a uma ala do Palácio Amarelo de Portalegre. Verdadeira «Casa de Bonecas», onde, seguindo a tradição, há sinais e emblemas de nobreza. Assim: Casa Amarela, Cas'Amarela, ou Casamarela
Primeiro uma nova apresentação: BienFaire Et LaisserDire é uma "persona" de Gloria Azevedo Coutinho. Que tem sempre imenso que fazer. E vai sair daqui (facebook), para arrumar a casa! Portanto cuidem-se com águas de limão, de laranja, de hortelã (ou de tantos outros sabores*). E olhem! Olhem para tudo, e já agora - porque a melhor maneira de olhar (para conseguir ver) - é com uma máquina fotográfica, ou com um bloco de desenho.
Façam como nós (a BienFaire e a Glória , claro que somos duas... ) pois há sempre uma vocação nova, talentos e capacidades inesperadas, que em nós se podem descobrir. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ * Nada de viverem em «águas de bacalhau»...!
Agora segue-se a apresentação, relativa às imagens que estão acima (ou às condensadas, abaixo). Porque, haverá sempre muito a dizer, sobre os rabiscos, ou gatafunhos & doodles , a que preferimos continuar a chamar IDEOGRAMAS, de origem ICONOTEOLÓGICA, que passavam para a Arquitectura. HOJE Pergunta-se: Da forma mais óbvia possível, e como mostram as imagens. Como funciona a vossa percepção visual? Se sabem ver e se são atentos? Se têm memória visual? OU AINDA ANTES, primeiro só ao nível das sensações (e portanto sem atribuir valores ao que se vê), será que percebem o que há de comum nas 2 fotos (e mais na 3ª que é ampliação)?
Foram fotografadas em Portalegre: uma numa parede interior do Palácio Amarelo; e a outra numa fachada exterior, que julgo ser do Café Central (ou logo ao lado?). EM SUMA: está aqui a nossa Metodologia de trabalho e das «descobertas» que temos feito.
É GESTALTISTA e ANALÍTICA: porque vê e capta a imagem geral. Mas, simultaneamente é ANALÍTICA, porque capta (às vezes, com sorte*) cada detalhe. Porque, não esquecer, o conjunto final - a que os gregos chamariam SINTAGMA - é feito, como um somatório e a acomodação, das várias partes integrantes da imagem final.
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* "Às vezes com sorte ", pois reconhece-se que primeiro se capta a imagem geral, e só depois se vêem os detalhes. Resta saber (?), afinal é esta a pergunta, se é muito o tempo que gastamos até ver, não pelo maior, mas pelo menor...
Que se costuma chamar PORMENOR
Tudo isto porque hoje se completam 103 anos, que aí, bem perto, nasceu um grande portalegrense
Não é Arqueologia, não foi preciso escavar. Algures num monte apareceu uma esta garrafa que percebi logo tratar-se de vidro antigo.
Mais curioso foi perceber que o vidro tinha letras impressas e os dizeres constantes numa das faces da garrafa.
Claro que hoje acho muito gira a curiosidade, mas também é igualmente divertida a cara que alguns fazem quando percebem qual era o propósito, e para que servia o conteúdo da garrafa.
HORSINE
SUC MUSCULAIRE DE CHEVAL
Naturalmente agradecemos todos, as evoluções da medicina e da farmacologia. Thanks God, vivemos tempos em que já não se associam certos produtos da natureza, de uma forma directa, ao bem que poderiam propiciar.
SUCO de músculo de Cavalo, visto assim, como panaceia imediata, tónico muscular (?), ou remédio de outras semelhantes vantagens, para resolver problemas de falta de saúde...? Não!
Mil vezes o óleo de fígado de bacalhau! (ía eu dizer). Mas, e pensando bem, é exactamente a mesma lógica, um produto equivalente:
Uma substância animal, de igual a modo a dizer de onde vem (e de que parte do corpo!).
Claro que sabemos, acredito, que muitos remédios possam continuar a ser «extractos» de animais. Mas..., talvez seja das embalagens?, da noção que se tem que, quimicamente, tudo terá sido mais limpo, e (bem) processado.
Resta saber, por curiosidade, se no Museu da Farmácia há alguma referência a este produto? Ou ainda à embalagem de vidro grosso, com brilhos metálicos, irisados.
Já o dissemos e escrevemos vezes sem conta: quer no nosso trabalho publicado sobre o Palácio de Monserrate, quer em blogs e posts.
À Iconografia religiosa, antiga, desde 2002 que temos dedicado milhares de horas de estudo. Razão para estarmos atentos a qualquer sinal: por menor que ele seja.
Ora depois de conhecer Portalegre - com os olhos e a cabeça de quem nota qualquer um desses sinais mínimos - também passámos a referir o imenso enriquecimento que pudemos adquirir ao contactar a Cidade, e nesta, ao conhecer algumas das suas melhores obras. Mas não só...*
Quer seja na melhor Arquitectura - quando vamos passeando pelas ruas da cidade; quer seja - neste caso, quando se visita, a que é uma das mais reputadas instituições.
E no Museu da Tapeçaria também temos encontrado - para essas nossas "deambulações, teóricas e práticas, pela Iconografia religiosa, antiga e medieval" que chegou aos nossos dias - óptimos exemplos e novas informações (que antes não tínhamos).
A fotografia seguinte foi feita em Abril de 2013, sendo, como está na respectiva legenda:
Les Deux Musiciens, executada a partir de um cartão de 1964, de Le Corbusier.
A tecelagem é de 1964, tendo 122 X 123 cm
Pertence à Colecção Manufactura da Tapeçaria de Portalegre
É natural que a razão iconográfica (ou o motivo decorativo) para termos captado esta imagem não seja facilmente compreensível, mas, em breve será explicada; já que, noutros trabalhos também da Manufactura de Portalegre, se encontra o mesmo tipo de formas.
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*Visto que, por exemplo algumas das varandas incrivelmente trabalhadas que já aqui se mencionaram, sobre as mesmas não nos consta que sejam conhecidas, que estejam classificadas, ou «culturalmente mencionadas».
De 2019 em que o tempo nos tem faltado, para tanto que gostaríamos de ter feito; agora, para um 2020 que se pretende continue altamente rentável.
Sobretudo com os materiais fantásticos que aqui temos e sobre os quais temos querido escrever!
Mas também - e não é menos - na tentativa de intervir, melhorando, a Casa Amarela que originou, e está por trás. deste blog.
Que bom que seria, e dizemo-lo apesar (ou tendo em conta) da nossa profissão. Que bom seria se existisse um "manual de investimento e respectivas instruções " para casas e edifícios patrimoniais, que pertencem a proprietários pouco/insuficientemente (ou até nada) abonados.
Manual que fosse inspirado, por exemplo, nos guias da deco-protest, e tivesse em conta essa situação específica: a dos proprietários com muito limitados recursos, mas existentes. E que, existindo, a par da vontade de - conhecendo -, poderem ainda assim ser apoiados; para conseguirem preservar e restaurar, na medida do possível, os referidos imóveis que são principalmente bens culturais da história de uma comunidade.
Bens que, alguns dignos de Museu, mas que estando ao ar livre, ou tendo estado desprotegidos, são também vítimas das intempéries, objecto de variadas agressões, servindo como suporte para «actos de vandalismos», etc., etc.
O desejado Manual poderia ser ainda equivalente, ou coisa semelhante, aos melhores propósitos que constam nos programas ERU, ARU, PARU, ou, concretamente do IFRRU 2020. Que como o nome indica, são, ou eram todos eles promessas para um futuro, primeiro ainda longínquo, mas em que se pretendia - como desiderato final, da sua concretização - dar mais atenção às Cidades e aos seus Centros Históricos.
Os quais, e nalguns casos como já dissemos, são como verdadeiros museus a céu aberto.
Que fosse um Manual a elencar os vários programas destinados à revitalização e regeneração das áreas urbanas, e dos seus elementos constituintes. Que são, geralmente, as obras edificadas que se pretendem regenerar, de preferência na sua totalidade; e não apenas, só as «cascas exteriores» dessas mesmas edificações. Já que estas podem ser - e são-no muitas vezes -, cenários lindos para turista ver, mas que merecem bastante mais...*
E porque «revitalização» significa dar vida de novo, para que essa vida aconteça, implica também que haja apoios e incentivos, que sejam efectivos.
Apoios que se possam sentir, de facto, entre os recursos com que os proprietários podem vir a contar: ajudando-os a ampliar, e a potencializar, esses mesmos recursos. Os quais, por mais pequenos sejam, são/serão sempre o início de algo que se pode tornar muito maior.
E enfim, que os ditos Manuais, depois de razoavelmente pensados, não se limitem a propor apenas a melhoria dos cenários exteriores, prevendo e permitindo, também, melhorias sensíveis para os ambientes interiores. Onde muitas vezes, como sabemos**, estão valores culturais, a que os proprietários - mais responsavelmente do que as CMs?, supomos - insistem em não os desvalorizar, e menos ainda ignorar.
Que este novo ano - início dos anos 20 do século XXI - seja o começo de algo inovador, para a que é, em Portugal, a grande maioria das obras do património edificado
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*Como mostra a imagem merecem restauro e alguma(s) tentativa(s) de reconstituição e compreensão histórica dos valores que incluem.
**De experiência vivida, por inúmeros casos de décadas de vida profissional, incluindo o exemplo mais alto que é o palácio de Monserrate, em Sintra.
Assim como está - tão degradada, é difícil, provavelmente a muitos, aceitarem que a grande escadaria deste Palácio de Portalegre, o seu design arquitectónico foi inspirado pela loiça inglesa inventada por Josiah Wedgwood.
Como aconteceu no desenho do nosso post anterior...
Só que, como se pode ver numa das mais bonitas tapeçarias do Museu de Portalegre, o mesmo terá feito João Tavares?
Claro que tem que ser interrogação, embora fique connosco (quase) a certeza que quis fundir várias ideias na imagem seguinte:
O "Real! Real!", por D. João de Portugal, "grito soltado" na varanda da Câmara Municipal de Portalegre, obrigou-o, por isso, a desenhar as grades da varanda como acima se vê?
Esses traços foram imaginaçõesefantasias de artista? Alegorias, ou técnicas da memória, e portanto mnemónicas*?
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*Acontece que estas citações, em Arte, ao que sabemos, chamam-se fortuna crítica.
E a do Museu da Tapeçaria, ainda bem, vem a crescer, correspondendo ao investimento recente